segunda-feira, junho 11, 2007


Seus Olhos

Seus olhos --- se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou ---
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! --- e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, num só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.

Almeida Garrett

5 comentários:

Anónimo disse...

Lindo, adorei, amei, amei amei.
O timming foi perfeito.

Anónimo disse...

Que seca de poema...
Privadinho que até enerva.

Anónimo disse...

Que lindo que é ;)
J que inveja...

un dress disse...

hihihiaiaiai...:)

un dress disse...

beijO :)

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