domingo, junho 17, 2007

Os três poemas que se seguem são teus.
Dedicados a ti, traduzindo um estado de espirito, algo que não quero verbalizar por palavras,
Cabendo a outros génios dizerem por mim
Aquilo que cá dentro acontece.


Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente

Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos

Das horas que passei à sombra dos teus gestos

Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos

Das noites que vivi acalentado

Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo

Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.

E posso te dizer que o grande afeto que te deixo

Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas

Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...

É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias

E só te pede que te repouses quieta, muito quieta

E deixes que as mãos cálidas da noite se encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.


Vinicius de Moraes

1 comentário:

un dress disse...

olha nem sei se o escreva na pele se o leve para ...para onde ?

tão mas tão completo vinicius ...

em todas as declinações das palavras ou deverei dizer...da palavra...!?


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