Os três poemas que se seguem são teus.
Dedicados a ti, traduzindo um estado de espirito, algo que não quero verbalizar por palavras,
Cabendo a outros génios dizerem por mim
Aquilo que cá dentro acontece.
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite se encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
Vinicius de Moraes
1 comentário:
olha nem sei se o escreva na pele se o leve para ...para onde ?
tão mas tão completo vinicius ...
em todas as declinações das palavras ou deverei dizer...da palavra...!?
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